quarta-feira, 23 de maio de 2018

Aliterações - O periférico

Presumo eu,
em prisões,
paralelamente separado dos meus semelhantes por visões de ferro,
que pela cúpula social sou culpado pelo cúmulo dos acúmulos repetidamente indevidos,
pois me apropriei do pecúlio pertencente ao próximo

Penalizado nasci,
estou e serei

A pé pelas periferias perigosas que me pertencem,
meus olhos-boca-ouvidos-pele são comunitários

Fora das minhas redondezas sou percebido por visões únicas,
próprias de pensamentos preconceituosos,
que me paradigmatizam

Pela fome fico afoito,
pois ela é fictícia montagem feita pelos feitores do contemporâneo,
que contentes se fixam em focar faces alheias em símbolos de consumo transcendentes,
que na mente deixam e são marcas

Vejo o futuro reluzente na rua,
me aproprio dele e ele me apropria,
pois posto a vontade em minha alma e mente,
ela me consome com cólera e some com minha visão comunitária

Isso me leva a prisão de carne,
ou a de ferro ou a de terra

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