Ao que parece quanto mais às sociedades modernas crescem, no
sentido tecnológico e social, mais aparentam buscar justificativas não pelas causas,
e sim pelos efeitos. De acordo com a ciência, mais precisamente o método
científico, a observação primeira é sobre os efeitos, para posteriormente
formar-se um modelo das explicações causais. O princípio é simples: observa-se
o efeito, determinam-se as causas. Depois, sabendo-se das causas, comparam-se
os efeitos ao do modelo.
Em questões não científicas, deve-se indagar: qual é o modelo
(o parâmetro comparativo)?
O politicamente
correto tenta encaixar os efeitos nas causas ao seu bel prazer, utilizando-se
no processo de sofismas, vieses e falácias das mais diversas. O importante não
é a análise de uma situação baseada em um modelo, e sim como causar comoção,
evitando que seus exemplos e justificativas sejam minados blindando-os com
preceitos que vão de encontro com outros: o bem-estar humano (segurança) acima
do livre-arbítrio (o direito de escolha). ”O bem-estar humano tem de estar
acima disso, então, de que maneira pode privilegiá-lo? Já sei! Escolho um grupo,
coloco em destaque e insiro um problema social bastante difuso, de maneira
que,quando conjugá-lo com meu preceito escolhido,ele se potencializará e será
uma verdade absoluta, mesmo que não o seja.”
Os pontos levantados podem até ser pertinentes, porém, o que
não vem a ser é a sua magnitude e a situação em questão. A manipulação
do contexto é outra chave importante para a persuasão.
É como um bom truque de mágica: Prenda a atenção da platéia
e faça parecer que a mão é mais rápida que o olho.
Nos tempos que vivemos a informação chega de maneira rápida
e massiva, porém, nos é ensinado implicitamente que se deve observar essa
montanha de informações de maneira superficial, pois o importante é a
quantidade e não a qualidade.
Indague-se, pergunte-se, pause, respire, medite, pense. Se o
tempo é algo realmente sem controle, algo que você está perdendo a cada fração
de pensamento, a cada fôlego, se entregue a isso! Não se guie por fatos aparentemente óbvios que são formados por grupos de pressão que querem somente que você concorde com eles, não importando suas inclinações e linhas de pensamento. A sua coordenação de idéias é tão densa quanto o próprio ar que respira. Não tente agarrar o ar com as
mãos, e sim o analise, sinta-o e pense com sua própria cabeça, para que assim
possa determinar qual será seu curso !