domingo, 23 de fevereiro de 2014

Escolhas: efeitos antes de causas

Ao que parece quanto mais às sociedades modernas crescem, no sentido tecnológico e social, mais aparentam buscar justificativas não pelas causas, e sim pelos efeitos. De acordo com a ciência, mais precisamente o método científico, a observação primeira é sobre os efeitos, para posteriormente formar-se um modelo das explicações causais. O princípio é simples: observa-se o efeito, determinam-se as causas. Depois, sabendo-se das causas, comparam-se os efeitos ao do modelo.
Em questões não científicas, deve-se indagar: qual é o modelo (o parâmetro comparativo)?

O politicamente correto tenta encaixar os efeitos nas causas ao seu bel prazer, utilizando-se no processo de sofismas, vieses e falácias das mais diversas. O importante não é a análise de uma situação baseada em um modelo, e sim como causar comoção, evitando que seus exemplos e justificativas sejam minados blindando-os com preceitos que vão de encontro com outros: o bem-estar humano (segurança) acima do livre-arbítrio (o direito de escolha). ”O bem-estar humano tem de estar acima disso, então, de que maneira pode privilegiá-lo? Já sei! Escolho um grupo, coloco em destaque e insiro um problema social bastante difuso, de maneira que,quando conjugá-lo com meu preceito escolhido,ele se potencializará e será uma verdade absoluta, mesmo que não o seja.”

Os pontos levantados podem até ser pertinentes, porém, o que não vem a ser é a sua magnitude e a situação em questão. A manipulação do contexto é outra chave importante para a persuasão.
É como um bom truque de mágica: Prenda a atenção da platéia e faça parecer que a mão é mais rápida que o olho.

Nos tempos que vivemos a informação chega de maneira rápida e massiva, porém, nos é ensinado implicitamente que se deve observar essa montanha de informações de maneira superficial, pois o importante é a quantidade e não a qualidade.

Indague-se, pergunte-se, pause, respire, medite, pense. Se o tempo é algo realmente sem controle, algo que você está perdendo a cada fração de pensamento, a cada fôlego, se entregue a isso! Não se guie por fatos aparentemente óbvios que são formados por grupos de pressão que querem somente que você concorde com eles, não importando suas inclinações e linhas de pensamento. A sua coordenação de idéias é tão densa quanto o próprio ar que respira. Não tente agarrar o ar com as mãos, e sim o analise, sinta-o e pense com sua própria cabeça, para que assim possa determinar qual será seu curso !


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