(Uma poetiza) (Pois seu pai era um mundo sem formas)
(e da morte) (anda normalmente por veredas) (o mundo fora daquele que nasceu não a perdoa)
(Se sua roupa) (para passar dos limites) (se ela é), ("sinal vermelho")
(Porém, metade e inteiro) -
(está no banco dos réus) (Bem como o valor)
(de origem) (e pensando e confabulando) (define) (julga) (o que basta)
(A régua me mede seu valor)
(mesmo quando é a primeira)
(Todos com ela são cavalheiros) (e por conseguinte encaram a vida como uma justa) (Se a vida é feita de metades complementares - de laranjas, de ideias, de almas, de amores, -) (são incompletos) (na próxima pessoa)
Consciente do concílio claro de ideias,
que me elevam na missão imiscível com o preconceito preponderante,
proposto por hipócritas triviais. Transvestidos por vestimentas de garbo e elegância,
que elegem engravatados, tardios nas tardes de trabalho intermitentes.
Que no pronunciamento praticam pululo de palavras não-palatáveis para o povo empobrecido,
esquecido,
que sofre de esquistossomose.
Doença bem comum,
do irmão que não tem um,
e é relegado ao relento,
e do outro lado do Estado tem o irmão que é violento, valente e violentado,
pelo motivo de ser o excluído:
por sua cor,
sua idade,
seu sexo(e com quem o pratica),
o que nem de longe justifica a atitude agressiva,
que infelizmente é aplaudida/ovacionada,
por viciados em verdades inverossímeis, apáticos a empatia,
e na iminência do terror,
que é transformado em louvor,
pela mídia que convém,
aliviando os erros do chamado "cidadão de bem",
que em turba fere,
mutila e assassina,
e a apresentadora que com palavras fascina,
o atestado de óbito assina,
da bruxa confusa,
pela confusão de corpos e vozes,
que se transmutam em algozes,
e ao fim levam(ledo engano)
O Ser Humano resolve dar um passeio fora de casa, dentro do seu lar que é o planeta. No beco sem saída que leva a toda parte ele reconhece o Desconhecido: o Acaso da Vida vem determinado pela Morte. Essa o conduz até o céu, no âmago da Terra. Lá, ele está completo, pois se encontra fragmentado em incontáveis pedaços.
Após o sono o Verde o traga de seu céu, levando-o a reencarnação sem vida própria. Seu corpo é o Herbívoro, seu corpo é o Carnívoro, seu corpo é o seu Próximo. E o Próximo. E o Próximo. Até não poder encontrar mais. Até que se encontra, perdido em outros, e finalmente concebido a partir de um novo Eu.
Entretanto, ele não percebe que já não é ele mesmo. Tampouco já que é vários, e que reencarnou antes, agora e ainda em curso.
Assídua aluna da vida...
...que bem lhe convém
Mesmo assim, ...
...está pela metade,
julgam que é um sinal verde...
...um inteiro, a sentença é...
...a quem isso realmente diz respeito?
Ao respeito que o outro imputa ou a falta de respeito com a liberdade da vida alheia?
Sua capacidade também...
...dessa capacidade
Usando seu mundo...
...com as palavras,
ela se...,
...e absolve por si só,
pois é...
...é vagabunda
É sempre a segunda da classe,
...
..., mas somente porque são homens com muitos ''H's''
(e esse se acrescentam em todas as palavras que os definem),
...,
e "elas" como prêmios em disputa e honra
...,
seria de bom grado que pensassem que suas ações(e comportamentos)...,
e que a busca pela completude se encontra...
Presas em gaiolas de ferro,
ilusórias no interior de cada ser,
estão animais descontrolados,
ávidos por carne e sangue
Carne dos princípios que dão consistência a inter-relações dos seres humanos em sociedades
Sangue da miríade de sentimentos positivos/profícuos/construtivos que alimentam essa carne
A simples vida em sociedade é mera exibição de tais feras interiores,
que amedrontam quando o ser extravasa em público toda sua animalidade inconsequente,
tensionando canibalizar tudo e todos ao seu redor pelo banal motivo de auto-existência
Mas também fascinam,
por sua beleza,
zelo e graça
Pela simplicidade e busca por ligação,
através do olhar e por meio de feitos de eficiência
Cabe ao domador dessas feras as apresentar graciosas e treinadas,
para que o temor,
tanto da fera com o público quanto do público com a fera,
possa se transformar em conforto e familiaridade
Mesmo assim,
por maior que seja a habilidade do domador, fera interior alguma se amansa caso não seja sua vontade
Por isso ela precisa ser conquistada
Tenham sempre em mente e coração jamais negligenciar ou desrespeitar uma fera interior,
tanto as próprias quanto as alheias
Que suas jaulas possuam tamanho que lhes permita conforto
Que sua alimentação seja suficiente para evitar rebeldia,
e que seus estados sejam estáveis o suficiente para que sua apresentação seja de qualidade
Uma salva de palmas a esses seres interiores,
que mesclam beleza e temor - Clap, clap, clap!
Prostração
Vagarosidade no nascer do Sol
Vagarosidade no cantar do galo
Vagarosidade em por o escudo da sola dos pés
Dormência
Insipidez no paladar
Insipidez no tato da chuva artificial
Insipidez nas cores que mostrarei ao mundo
Atalho
Facilitador de congestionamentos
Facilitador de espaços para metal, borracha e outros itens de fábrica
Facilitador da boa vontade para com todos
Sedentário
Incólume no relógio
Incólume no ofício
Incólume no relógio
Procrastinação
Objetivando o rumo de volta
Objetivando as realizações que nunca chegam
Objetivando uma mudança de rotina
Os olhos da Terra fitam o Céu,
e esse tem reações das mais diversas
Quando desnudo por sua limpidez,
durante a festa de Selene ou de Hélio,
mostra-se desinibido e constante,
com a mente leve e transparente
os sorrisos de Hélio e Selene encontram nele sua janela para percepção alheia
Quando coberto pelo vestido de Nimbus,
Hélio e Selene são ofuscados,
e sua própria mente encontra-se fechada
Os vestidos cinza de Nimbus são de uma temática que leva a lágrimas,
seja pelo fato de esconder o corpo do Céu,
quando o mesmo busca a liberdade de tato do olhar - Pranto triste -,
seja pelo fato de se emocionar com seu belo vestido,
confeccionado pelos seus demais irmãos e irmãs - Pranto alegre -
Esses são somente dois dos olhares da Terra para com o Céu,
pois possuindo múltiplos pontos/terrenos,
seres e por conseguinte perspectivas,
uma miríade de olhares podem ser lançados
Encontrei-me num estado na qual poderia reduzir, de maneira breve, como uma preposição comumente usada em locuções adjetivas, todavia de maneira fonética francesa, juntamente com a força determinada por Pascal que possui como unidade um homônimo ao seu criador. Lastimando sobre divagações diacrônicas acerca do meu eu ontológico, pressupondo intuitivamente uma resolução silógica deprimente, levando-me a diversos momentos posteriores "cliffhangers", com inclinações normalmente funéreas.
Tais estados, presumo, advém de tentativas de respostas aos "entraves" encontrados no cotidiano, quer sejam fatores familiares, quer sejam de epifenômenos a estes.
Como numa rua sem saída, esgueirando num beco escuro, atrás de uma lixeira numa noite chuvosa, perdia-me em devaneios mediante buscas pelo oculto, misturando fatos ilustrados em histórias consideradas pueris, juntamente a extrapolações mentais acerca disto.
Depois de éons figurativos, minha mente, que se encontrava completamente remendada, tentando buscar razão a balburdia que é a mera existência, depara-se com um amigo que sempre me acompanhou: O Conhecimento.
Ele sempre esteve ao meu lado, porém, de todos as maneiras tentei renegá-lo. Talvez numa tentativa de "seguir" norma comum, ficar entre a média, dei as costas a tal companheira. Digo no feminino, porque sua irmã, a razão, é intrínseca a ele.