terça-feira, 23 de agosto de 2016

Verdades naturais

O que é a verdade para a natureza?
Seria um conjunto de normas e regras,
padrões absoluta e arbitrariamente escolhidos?
Não é isso que a mesma demonstra
Sua verdade é o seu ser como estar
Seu fazer e continuar
Seu antes e seu depois, seu agora e seu amanhã

Desde a chuva que cai por simplesmente cair,
complexo é seu movimento, simples são suas palavras,
embora ouvidos surdos disponham-se a ouvi-las

A razão para o acontecer da Mãe Terra, nosso mundo,
é a simplória razão, que dentro da razão torna-se obsessão,
e fora desta simplória divisão, observa-se momento a momento a paixão

Você a toca carinhosamente,
ela retribui
Você a ofende,
ela o agride

Já se perguntou o porque dela machucá-lo,
mesmo quando você pensa que nada fez?
Seria o ciúme, talvez?

Ela se doa por inteiro para você,
e em troca recebe em seu olhar seus flertes com outras paixões,
e por serem vis a esta,
uma ferida é aberta
Suas lágrimas são seu céu chuvoso,
sua fúria é o mar de brasas secas do deserto,
seu fôlego é o vento,
seu destemperos são os tornados
sua alegria é o verdejante florescimento
seu amargor é a esterilidade e a erosão

No fim todos a abraçam,
e Ela,
sem nenhuma hesitação,
retribui calorosamente

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