O mundo me mente com verdades produzidas, todas na calada da noite
Ele as disfarça de morias, ainda que Marias santifiquem o solo, as almas e os corpos, retroativamente em dogmas
Mentecaptos aqueles que, depois da primeira inverdade revelada, estacionam seus egos na vaga dos que aspiram com, e enterram seus desejos genuínos de busca no cemitério da conformidade
(Princípio)
Pedro Poimandres, o próximo político apático perante o próprio parto
Parte da palavra posta principiando partida
Prima por partido primeiro
A permanente presença dos pais impõe a Pedro poder,
princípios e pureza política em pensamentos posteriores.
(Meio) Mikaela,
a menina que mente a mente menos muito mais mediante motivos mascarados
Metálica,
mostrará ao mundo mistérios mesclados a multidão
(Fim)
Feitosa Ferreira,
finado falso filho
Falhou em falar falácias
Fixou feridas em faces felizes
Findou os fins
sem erros, sem passado, sem presente, somente futuro Sempre esperada, mesmo sendo a que colhe Sua colheita dificilmente é aceita de imediato, mesmo que toda a preparação de uma vida seja feita A fração derradeira é a que guarda o maior terror, e ele sabe cobrar,
gelar a espinha e trazer medo mesmo a maior coragem.
É um beijo que de olhos fechados é doce,
mas que quando os mesmos são abertos é acre
O porem é que sempre que se pensa que o beijo acabou,
e se abrem os olhos,
verifica-se que ele nunca teve fim,
e que o fim é sempre o agora
Nunca o passado,
sempre o futuro
quando te xingo,
quando te bato,
quando te mato -
tudo isso resume ações que ocorrem naturalmente
Não sou homofóbico, por isso:
se te taxo,
se te ridicularizo,
se te espanco -
tudo isso resume ações que ocorrem naturalmente
Não sou racista, por isso:
nunca vi a sua pele,
nunca vi o seu cabelo,
nunca vi o seu sofrimento -
tudo isso resume ações que ocorrem naturalmente
Quando o machismo, a homofobia,
o racismo e seus iguais em opressão não são vistos,
ouvidos ou faladas,
é sinal de que os olhos são cegos,
as bocas são mudas
e os ouvidos são surdos
Não busco nessas questões o verbo "ser",
e sim o verbo "fazer" ou o "agir"
O Grande Evento ocorrerá em breve
Todo o ser vivo e matéria bruta esta convidado para assistir e participar
O endereço é no país Universo, Estado Humano, Cidade da Sociedade, no Bairro
do Status, no cruzamento do orgulho com a ganância e a luxúria.
A casa do acontecimento é alugada,
mas o cerimonial "do próprio ser" diz que é do proprietário: O senhor Sapiens
Entre os convidados famosos estão:
A Tradição: Trajando seu terno gasto, porém clássico
A Família:Com seu traje de várias cores, vários tamanhos e vários modelos
Os Bons Costumes:Com seus trajes especulares retrógrados
O Cidadão de Bem:esse veio pelado, sambou na cara da Senhora Sociedade -
Sempre muito recatada(#sqn) - tomou três doses e partiu, pois tinha mais o que fazer da vida.
Senhora Sociedade:Benfeitora que da nome a nossa bela cidade, indumentada com seu vestido frio como o fogo, escuro como o sol do meio dia límpido e lógico como uma falácia.
Preconceito:Pediu para falar que não veio, mas é só você olhar para o lado
que o vê enchendo a cara, mas dizendo que está de cara limpa
Os demais convidados ou não são dignos de nota(reclame com os patrocinadores
desse evento bizarro),ou estão no centro comunitário Pirâmide, na rua Base,
localizada nessa mesma cidade Sociedade. Estão todos maltrapilhas, mas quem
se importa? Não estão iguais aos convidados do Grande Evento: Todos nadando
no rio de lama que encheu as ruas e as casas da cidade?
Presumo eu, em prisões, paralelamente separado dos meus semelhantes por visões de ferro, que pela cúpula social sou culpado pelo cúmulo dos acúmulos repetidamente indevidos, pois me apropriei do pecúlio pertencente ao próximo
Penalizado nasci, estou e serei
A pé pelas periferias perigosas que me pertencem, meus olhos-boca-ouvidos-pele são comunitários
Fora das minhas redondezas sou percebido por visões únicas, próprias de pensamentos preconceituosos, que me paradigmatizam
Pela fome fico afoito, pois ela é fictícia montagem feita pelos feitores do contemporâneo, que contentes se fixam em focar faces alheias em símbolos de consumo transcendentes, que na mente deixam e são marcas
Vejo o futuro reluzente na rua, me aproprio dele e ele me apropria, pois posto a vontade em minha alma e mente, ela me consome com cólera e some com minha visão comunitária
Isso me leva a prisão de carne, ou a de ferro ou a de terra