segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Vida platônica

Nos meus olhos eu vejo a fascinação pelo infinito,
(através do espelho)

Na minha boca eu degusto o sublime paladar do alcance dos céus,
(através da venda da realidade)

No meu nariz eu experiencio o aroma de um campo de rosas,
(através da lembrança nunca vivida)

No meu tato eu sinto a quebra de uma das leis da física a respeito de dois corpos,
(através do engano)

Nos meus ouvidos eu ouço a sublime melodia da paixão,
(através do réquiem a dignidade)

Na minha alma eu sinto o mundo, na qual a figura do prazer e encanto ali reside, tendo como morada um coração figurado, pois só posso dizer tudo isso por em meus sonhos esse mundo visitar
(através da fuga)


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